Au pair en France

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Meu querido Picasso

Com a correria do mês de janeiro, acabei me esquecendo de vir aqui contar algumas novidades e colocar novas fotos no album, que alias esta em dia! Uma dessas novidades foi a minha visita ao (um dos!) Museu do Picasso, em Vallauris, pertinho de Nice. Esse tinha sido meu ultimo pedido pra Bruno antes de nos mudarmos do sul.

Quem me conhece sabe que sou fa numero 1 de Picasso. Acho ele talentosissimo e admiro o jeito gozador de ser que ele tinha, que se comprova através de suas fotos pessoais e relatos dos amigos. Na minha ultima viagem para Paris comprei 4 posteres e 1 reproduçao de uma foto dele na cozinha de sua casa. Vou colocar tudo isso em molduras brancas lindas e a parede da minha sala vai ganhar estes presentes. Em breve poderei mostrar pra vocês!

Situado no Castelo Grimaldi, que mais tarde foi rebatizado "Museu Picasso", o local reune mais de 200 obras do artista. Desde minha chegada fui surpreendida: os olhos de Picasso me acolheram. Nao é legal?


Este museu é pequeno, mas guarda uma preciosidade: uma capela inteirinha pintada por Picasso, chamada de La Guerre et la Paix (Guerra e Paz), feita em 1959. A obra faz parte de um movimento de redescoberta da arte sacra (foto).



Picasso tinha uma forte ligaçao com o Mediterraneo e viaja por Antibes, Cannes e Mougins, antes de se mudar em Vallauris, onde passa a viver de 1948 à 1955. Instalado em seu atelier de Fournas, uma antiga fábrica de perfumes, ele trabalha intensamente, realizando inúmeras obras e experimentando uma nova técnica para ele: a cerâmica, onde ele concentra toda a sua atençao e que o motiva ficar em Vallauris, um vilarejo conhecido pela sua industria cerâmica.

Apesar de se dedicar à cerâmica, ele nao deixa de lado a pintura, a gravura ou a escultura, cujo principio de suas obras era o de utilisar sucatas (La Chèvre, La femme à la poussette,  La Guenon et son petit...). Em Vallauris sua esposa Françoise Gilot e seus filhos com ela Claude e Paloma sao frequentementes representados em suas pinturas, assim como a propria cidade.

Picasso vive um periodo dificil com sua esposa e conhece Jacqueline Roche, que se torna sua segunda esposa, e passa a fazer parte de suas obras. Nesta época a cidade de Vallauris esta a todo vapor, pois graças ao pintor ela renasce e atinge uma notoriedade extraordinária, inspirando pintores e escultores, como Victor Brauner, Marc Chagall, Edouard Pignon, Ozenfant, Prinner, que vieram trabalhar nos ateliês de cerâmica. 

Se você tiver tempo e curiosidade site conta detalhes da vida de Picasso e sua paixao pelo sul da França. Vale a pena passear por la! 

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Lo,fico sonhando com esse museu.Acho q herdei de Picasso a paixao pelo sul da França kkkkkk.Bj,Moty

Felipe Vasques disse...

Tem um amigo meu "Washingnton" que é pintor sabe?! Poxa, conicidentemente escrevi uma poesia em homenagem ao rapaz:

Abstração

Já caminho à salivar nos teus riscos recentes.
Ver minhas mãos derretidas num desenho seu.
Pincéis tortos em mãos penitentes e pensamentos subseqüentemente eloqüentes,
Flutuando sob a névoa incerta de uma nova arte.
Que arde sem fazer alarde.
Num canto lá da Bahia,
Num pranto em Salvador,
Em Goiânia, na velha sacada da fumaça, saudade e dor,
Ou com vontade de uma menina,
Que mesmo em Santa Catarina,
Ainda sente de longe seu perfume e torpor.

Pode até ser que dessa saliva,
Surja uma febre solúvel e intempestiva,
Como os vermelhos doentios dos seus manequins entorpecidos,
Carregados,
Sem culpa nenhuma,
Dos pecados do autor.

A tinta escorreu tanto dos meus olhos,
Que de fora do quarto pisavam nela.
Escorria pegajosa por debaixo da porta,
Enquanto,
Da casa,
Só sobrou uma sacadinha e um sofá,
E lá do alto me dava medo,
De olhar para o lado e não me ver mais naquele quadro hostil.