Au pair en France

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A viagem continua!

No dia 6 de agosto, começamos o dia bem: fomos visitar a belissima Karlskirche, igreja construída a partir de 1713 por ordem do imperador Carlos VI, que jurou mandar erguer uma igreja assim que a peste que assolava Viena tivesse um fim. A construção é um dos marcos da cidade, e mescla elementos romanos, gregos e minaretes orientais. Seu interior é ricamente ornamentado, com destaque para o altar e afrescos.

Esta igreja foi uma das mais impressionantes que ja visitei. Bem no meio dela tem um elevador que nos leva até o alto da igreja. La onde o elevador para tem lances de escadas para irmos a pé até a cupula. Bruno tem medo de altura e quase passou mal me esperando voltar pra gente descer novamente. Fiquei decepcionada com a vista porque tem algumas poucas janelinhas e uma grade imensa. Ou seja, vista Tabajara. Nao deu pra ver quase nada. O que admireei, no entanto, foram as pinturas da igreja pelas paredes afora, vistas la de cima.



De la fomos conhecer o Belvedere (Schloss Belvedere), um palácio barroco dividido em duas partes: Belvedere Inferior e Belvedere Superior. Nao fomos no interior dos palacios por falta de tempo, mas nao deixamos de visitar as esfinges dos jardins. Elas representavam força e inteligência, e por isso foram escolhidas para ornamentar este palácio, construído de 1720 a 1740, e que servia como residência de verão do príncipe Eugênio de Savoia. Ele se situa sobre uma suave colina e abriga uma galeria de pinturas dos séculos 19 e 20 e de pinturas religiosas medievais.


Nossos pés ja tinham pedido arrego a muito tempo, mas nao desistimos de continuar nossos passeios! Fomos à Casa da Musica (Haus der Musik) porque o folheto nos interessava. Ele foi inaugurado em 2001 e esta situado num antigo palacio. Sao mais 5 000 m² de entretenimento. La dentro aprendemos sobre os sons, aparelho auditivo, sobre a vida dos mestres da musica classica: Strauss, Bethoven, Mozart, claro, além de ter uma parte dedicada à Orquestra Filarmônica de Viena. Tem partituras, pianos da época e pertences deles. Super bacana!


Numa das salas, eles transformaram num mini teatro (com a decoraçao de papel imitando os lustres e colunas gregas), onde pudemos assistir um concerto de opera recente. E no fim da visita uma brincadeira inusitada: reger a Orquestra Filarmônica de Viena virtualmente. Choramos de rir! Ai embaixo, a foto:


Pronto, ja contei tudo tim tim por tim tim! Espero que tenham gostado de tudo! As fotos da nossa viagem ja estao no album, agora é so babarem :)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A beleza de Viena

Agora que ja contei sobre as excursoes que fizemos durante nossas férias em Viena, chegou a hora d'eu contar pra vocês como foi na terra da musica classica! Saimos daqui no dia 3 de agosto e chegamos horas depois em nosso hotel, ja de tardinha. Colocamos as malas no quarto e saimos pra aproveitar ao maximo de nossas férias.

Seguimos pela avenida Ring e chegamos ao Kunsthistorisches Museum, cujo acervo é formado por milhares de obras de arte acumuladas durante os séculos de dinastia Habsburg. Posso dizer que este é o Louvre de Viena! Nao preciso nem dizer que o interior é esplêndido e as obras de arte mais ainda.



Em frente a ele está o Naturhistorisches Museum, museu de história natural com exposições de arqueologia, antropologia e geologia, entre outras ciências. Caminhamos pela Mariahilfe Strasse, principal rua de comércio de Viena, onde estão diversas lojas de departamento. Assim como nos demais dias, estava fazendo muito calor e todo mundo tava aproveitando para tomar um sorvete do lado de fora e passear por esta rua bem arborizada.

Fizemos o caminho de volta pro hotel admirando os belos prédios da cidade. De repente ouvimos uma musica latina de longe e finalmente descobrimos o que era: um Festival de Cinema ao ar livre, onde todas as noites eram projetados operas ou shows. Aquela musica que ouviamos de longe era de uma aula de zumba onde estava a tela do cinema! Tinha um monte de gringo dançando, achei super bacana! De la, fizemos algumas compras num pequeno supermercado e voltamos pro hotel para comer e para recarregar as baterias pro dia seguinte!



No dia 4, começamos nossa visita por Schönbrunn: principal palácio de Viena, quase um Versalhes, em Paris. Concluído em 1713, foi a residência de verão dos imperadores da Áustria. A parte interna é luxuosa, cheia de esplendor e riqueza da dinastia Habsburg. Foi la onde viveu a imperatriz Elizabeth, conhecida como Sissi, amada pelo povo, mas desprezada pela corte Austríaca devido à sua origem, drama que virou até filme de Hollywood. Os 1440 quartos de Schönbrunn são agora usados em parte como um museu, e a visita guiada por estas peças é como um passeio pela história gloriosa das cortes européias daquela época.


Continuamos nossa visita no Palacio Hofburg. Antiga residência dos Habsburg, este palácio é um complexo de residências imperiais, museu, biblioteca, escola de equitação, capela, igreja e sede do poder Austríaco. Os trechos mais impressionantes são os aposentos reais e o tesouro, onde estão expostas, em 21 salas, coroas, cetros, serviços de refeições em ouro e prata, peças de fina porcelana e joias. A Escola de Equitação foi fundada em 1572, e nela os Habsburg formaram o Spanische Reitschule, que logo se tornou um padrão mundial no adestramento de cavalos.

Passamos o dia inteiro nos dois palacios e à noite voltamos pro hotel porque tinhamos comprado ingresso para assistir a uma opera no proprio palacio de Schönbrunn. A sala nao era grande e pudemos assistir a uma apresentaçao fantastica composta de uma pequena orquestra, dois tenores e, claro, o maestro. Simplesmente maravilhoso!

No dia 5, andamos à toa pela cidade e fomos conhecer a famosa Rua Graben, onde tem bares, restaurantes, cafés e muitas lojas. Alias, experimentamos a famosa Apfelstrudel, uma torta de maça que tem varias camadas. Fomos no café do Hotel Sacher, chique no urtimo, e ficamos decepcionados e assustados com os preços! A torta parecia velha, de dias atras, horrivel! Ela esta bonita na foto que tirei, mas realmente nao estava gostosa.

De la, fomos ao Museu de Mozart, proxima a catedral de São Estevão, onde se casou com Constance Weber e local em que foi realizado seu funeral, em dezembro de 1791. De 1784 a 1787, Mozart viveu com sua família, seus empregados, um cachorro e um passarinho em um dos apartamentos da Domgasse número 5, um dos melhores endereços da época, lugar que ele deixou devido a uma viagem a Praga para a estréia de "Don Giovanni". Agora, depois da transformação da construção, de quatro andares, em museu, a gente pode ver, no seu segundo e terceiro andares, uma representação do estilo de vida daqueles tempos.

O museu tem uma superfície total de mil metros quadrados, onde atualmente são realizadas exposições e eventos culturais. Com a ajuda da União Européia, uma obra que custou 8 milhões de euros restaurou o espaço e reservou o segundo andar da construção para exposições, simpósios e outros eventos. O artista  nasceu em Salzburgo, mas passou os anos decisivos de sua carreira em Viena.

De acordo com ele, o próprio gênio tinha dito em uma carta a seus pais que ele se sentia à vontade em Viena. "Para minha profissão, este é o melhor lugar do mundo", escreveu Mozart em abril de 1781. Embora haja móveis, roupas e utensílios da época expostos no local, praticamente nenhum pertenceu ao compositor. No entanto, dão respostas a perguntas sobre seu estilo de vida, sua família e sua forma de trabalhar, recorrendo aos meios audiovisuais modernos para isso, através de várias instalações de vídeo.

No dia 29 de setembro de 1784, Mozart e sua mulher se mudaram para este edifício com seu filho Carl Thomas, que tinha nove dias de idade. Eles ficaram no local até abril de 1787, em um período de sucesso profissional e de vida agitada. Nos 10 anos em que viveu em Viena, ele teve 14 endereços diferentes, e este é o único de todos eles que continua de pé. Enquanto viveu neste edifício, Mozart recebeu um ilustre visitante, Ludwig van Beethoven. Além disso, ele organizou diversos concertos nesta época, com estréias de obras como "Figaro" e a Sinfonia nº 38 (Sinfonia de Praga), e os quartetos de corda dedicados a Haydn.

Entre os objetos apresentados na casa, se destacam documentos autênticos, como o contrato de casamento assinado por Mozart e Constance em 1782, e u testamento, de 1791, assim como os escritos que documentam sua admissão na loja maçônica "A la Beneficencia". Para ilustrar a forma com o músico se distraía, o museu expõe na casa duas mesas, uma com um tabuleiro de jogos populares e outra de bilhar, um de seus passatempos favoritos. A unica coisa que me decepcionou foi o audioguia. As explicaçoes eram muito longas e a gente se perdia no meio de tanta historia. Eles poderiam ter feito bem mais resumido pra nao nos confundir.



Depois de visitarmos nosso amigo Mozart, fomos ao meio dia em ponto visitar o Hoher Markt para ver o Ankeruhr, o relogio mais famoso de Viena. Ele fica situado numa passarela ligando dois prédios deste largo, e às 12 horas exibe uma procissão de 12 grandes figuras em madeira representando nobres e religiosos da história do país, as 12 pessoas importantes da história de Viena, e de hora em hora um personagem aparece, dentre eles a rainha Maria Teresa.



Em seguida, fomos ao encontro da belissima Catedral Sao Estevao (Stephansdom). Sua construção data do século 13, quando em plena idade média, Viena era apenas uma pequena praça, chamada Am Hof. A torre de 137 metros de altura é o ponto mais alto da cidade. Seu telhado é formado por 250 mil azulejos vitrificados e seu interior possui uma valiosa coleção de esculturas artísticas. Na cripta, no subsolo da catedral, ha um conjunto de labirintos onde estão os restos mortais de membros da dinastia Habsburg e uma arrepiante montanha de ossos das vítimas da peste negra que assolou Viena. Claro que eu nao visitei a cripta porque nao estava com vontade de ter pesadelos! Buuuhhh!

Saindo da Stephansdom, fomos em direção ao rio Danúbio, para caminhar um pouco e conhecer algumas construções e vielas da cidade antiga. Passamos pelo Museu da Catedral, pela charmosa rua Schonlaterngasse, pela Academia de Ciências, e pelas pequenas e tranqüilas lojinhas e recantos que ainda parecem permanecer no século 18.

Por falar em Danubio, Johann Strauss Filho fez este rio ficar conhecido em 1867 quando apresentou sua mais famosa obra, a valsa do Danubio Azul. O detalhe é que o Danubio nao é azul, é meio esverdeado. Imaginem a minha cara de tristeza! Como eu jamais pensei nisso? Eh obvio que ele nao seria azul, nao é o Mar Mediterrâneo, ora! Hahhaha!

No proximo post contarei sobre os demais dia de nossa viagem!

Bratislava! :)

Nosso dia começou cedo como os outros, a diferença é que fomos pra rodoviaria sozinhos pra pegarmos um ônibus de viagem normal, sem guia. A surpresa começou quando o ônibus chegou. O motorista foi extremamente grosso com os passageiros, frio, de cara fechada. Ele era estrangeiro, claro, porque os austriacos sao educadissimos. Em Praga e em Budapeste também percebemos que as pessoas eram bem frias e nada acolhedoras. Eu ja estava começando a me acostumar com esse jeito nada simpatico de ser.

Chegando la, estavamos meio perdidos porque nao tinhamos mapa da cidade. Foi facil achar o primeiro ponto turistico. O Teatro Nacional Eslovaco ficava bem no centro da linda praça Hviezdoslavovo Námestie, na cidade velha. Atualmente la sao apresentados somente operas e ballets.


O calor também estava conosco. Novamente 40 graus! Demos uma volta na cidade antes de irmos ao encontro da nossa guia, ao meio dia. Estavamos no local combinado e nada... 12h05 ela chegou e descobrimos que ela seria a nossa guia, ja que naquele dia nao havia nenhum outro grupo. Otimo, ficamos felizes da vida! Como em Praga e em Budapeste, era uma senhorinha muito simpatica, super motivada pra nos apresentar a cidade dela, apesar dos traços de historia do comunismo e dos ciganos eslovaquios e romenos que moram la, recebem uma baba do governo e nao querem nada com nada.

O esquema era o seguinte: ela falava inglês, eslovaco e alemao. Como eu nao falo alemao, Bruno nao teve escolha, senao o inglês, sendo que o dele nao é uma Brastemp. A medida que iamos visitando a cidade, eu percebia que Bruno voava nas explicaçoes e respondia Yes pra tudo! kkkkkkk! Ele me fazia sinal dizendo que so entendia uma parte do que ela disse e por isso tava falando YES toda hora! Quase me mijei de rir! 

Ficavamos impressionados com cada cantindo perdido de Bratislava que ela nos levava. Fomos numa lojinha onde vende-se vinho com mel, tipico da regiao. Meio doce, mas é novidade! Mais abaixo vou detalhar o que vimos com a guia. Depois de 2 horas de tour a pé, fomos almoçar num restaurante bem no centro, que ja estava incluso no pacote. Tomamos uma sopa tipica, bem gostosa, chamada goulash! A guia nos explicou que eles tomam sopa todos os dias! Eu nao tava muito animada pra tomar sopa num calor de 40 graus, mas nao quis fazer desfeita. Saindo do restaurante nos deparamos com uma moça distribuindo agua mineral pra todo mundo. Acreditam que a prefeitura é quem contratou-a pra dar agua pra pessoas que ali passavam? Nunca vi isso no Brasil! 

Depois desta surpresa, pegamos um trenzinho que fazia o tour da cidade e nos levava até o Castelo Bratislavsky hrad, que fica no alto de uma colina. Ele é imponente, quadrado e prosaico, e os registros datam do ano 907. Reconstruído após a guerra, das paredes é possível avistar os Cárpatos. Seus porões dão lugar à uma casa noturna e seu prédio principal abriga o Museu da História Nacional da Eslováquia - Slovak National History Museum. A torre do último portão da cidade murada ainda está de pé – ela antes protegia a cidade velha. 


Bratislava é o carro chefe do pequeno e pastoral estado da Eslováquia, um híbrido de húngaros, austríacos, judeus, tchecos, eslovacos e russos. A Eslováquia fez parte do Reino da Hungria, do Império Otomano, da Áustria. Depois da Primeira Guerra Mundial foi anexada a Tchecoslováquia  e, apenas em 1989, com a Revolução de Veludo ficou independente. 

Ela esta próxima das fronteiras austríaca (6 km), húngara (20 km) e tcheca (60 km). Esta proximidade traz  semelhanças e um pouco da tradição e jeito de cada uma delas. Ainda até 1993 os tchecos e eslovacos dividiam o mesmo país.

O Danúbio separa a cidade antiga, ao norte, da parte residencial ao sul. Tudo que aconteceu la nos ultimos séculos parece ter ocorrido em sua praça principal, o centro histórico da cidade. Suas construções em estilo medieval ainda guardam características desta era e suas torres são um testemunho da época. A cidade se distingue pelas torres medievais, os imponentes edifícios do século XX, as universidades, os diversos museus, teatros e outras instituições culturais. 

Junto à Praça Central está um dos melhores exemplos de palácios com arquitetura rococó, o Palácio Mirbach, construído no século 18, e enriquecido por diversos proprietários. Dominando a praça está também o prédio da prefeitura, construído no século 15. E anexo, o Museu Municipal de Bratislava, um dos mais antigos da cidade. Varias estatuas engraçadas e esculturas estao espalhadas por Bratislava, nao sei por que razao. 

A Ponte SNP (Slovak National Uprising) une os dois lados. Ela é conhecida também como Novy Most (Ponte Nova), uma monstruosidade de ficção científica dos anos 1970. Um elevador pode nos levar até no topo, onde tem um restaurante em forma de disco voador, construído sobre seus pilares de sustentaçao.


Nos tempos medievais, Bratislava foi cercada por muralhas e existiam quatro portões fortificados para entrar e sair da cidade. O unico ainda preservado desta fortificaçao é o Sao Michael (Michalská vez), que tem 50 m de altura. No topo esta a estátua de São Michael e o Dragão. Do alto da torre é possivel ter uma bela vista: a Áustria e ocasionalmente a Hungria.


A Catedral de St Martin (Dom sv Martina, Rudnayovo námestie) é o monumento historico mais famoso. O palco gótico das coroaçoes dos soberanos do Reino da Hungria. Foi la que no dia 8 de setembro de 1563 a Coroa de Santo Estevão foi colocado sobre a cabeça de Maximilian II, filho do imperador Ferdinand I de Habsburgo. No período de 1563 a 1830 foram nesta igreja coroados mais de 11 reis e rainhas e de 8 dos seus consortes, incluindo o de Maria Teresa da Áustria. Sua torre dourada  simboliza a Coroa de Santo Estêvão. 


O Palácio Primata (Primacialny palace) abriga uma coleçao de arte modesta, tapeçaria inglesa do século 17 e uma sala de espelhos. Foi la onde Napoleão e o líder da dinastia Habsburgo, Franz I, assinaram um tratado de paz de Pressburg em 1805, após a Batalha de Austerlitz que pôs fim à guerra da terceira coalizão.

A antiga Prefeitura também fica na praça e abriga o Museu da Cidade, que tem um fabuloso e sangrento calabouço., além de uma exposiçao de história expondo instrumentos de tortura, armas antigas e armaduras, pinturas e miniaturas. Uma das raridades é a bala de canhão encravada na parede da torre do ataque da Petržalka, maior bairro residencial situado na margem direita do rio Danúbio.

Terminamos nossa aula de historia às 16h e voltamos, quebrados, pra Viena, depois de tantas emoçoes!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Proximo destino: Budapeste

Acordamos bem cedo novamente pra esperar a van. O trajeto foi o mesmo: rodoviaria para pegar o ônibus de excursao para Budapeste, capital da Hungria. Tinhamos chegado um pouco mais cedo e eu fui logo procurar um banheiro para evitar o aperto que passei indo pra Praga. Na rodoviaria mesmo, dei de cara com um que me chamou atençao: Banheiro Mozart. O esquema é o seguinte: vc coloca uma moeda, passa na roleta e vai fazer xixi numa das cabines ao som de Mozart e Strauss. Eu ria tanto que mal conseguia me concentrar. Imagine so, vc entra na cabine, fecha a porta e vê autocolantes de cortinas de veludo vermelhas, de lustres, de uma plateia, como se vc estivesse num camarote de teatro! Detalhe: o volume da musica (a valsa do Danubio Azul!) estava altissimo, especialmente para acompanhar nosso momento intimo.  Como vc pode se concentrar??? Inusitado, adorei!

Entramos no ônibus e esperamos a chegada da guia. Para minha tristeza, passei aperto novamente com o inglês. Ela falava hungaro, japonês e ingles (ai!). Pensei: to no sal! A medida que iamos viajando, ela ia explicando, em inglês e depois em japonês, a historia da Hungria, de Budapeste e etc. O problema é que o sotaque dela era tao estranho que tinha hora que eu achava que ela estava falando japonês, mas ela ja estava explicando sobre outra coisa, em inglês!! Pirei o cabeçao! Ela dizia: "On the RRAAIIIIghtI Saiide, you can see the STRIIIT"!, assim mesmo! chorei de rir! 

Chegamos la depois de 2 horas e pouco de viagem, fichinha comparado a Praga! O calor estava maravilhoso: 40 graus. Meu marido? Derretendo, desesperado de calor! Minha primeira impressao? WOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOW, que lugar lindooooooooooo, meu Deeeuuuss! Sinceramente, fiquei boquiaberta! 

Nossa primeira parada foi num restaurante com o grupo, mas nos fomos comer em outro lugar, achando que a guia queria nos passar a perna. Depois de andarmos até encontrarmos alguma coisa possivel naquele bairro, encontramos um quiosque meio chinfrim e la fomos nos pedir 2 espetinhos (secos!) e 1 salada, afinal nao tinha outra saida. Na hora de pagar: 18 euros!!! O queee??? Quase caimos duro!! Da mais de 40 reais! Chocados, comemos tudo em 2 minutos e caimos fora daquele lugar! 

Voltamos para o restaurante pra encontrar o grupo, que ja tinha almoçado, e la mesmo encontramos com uma senhorinha simpatica, ja de idade e afetada pelo calor. Era ela quem ia ser nossa guia na cidade. O sotaque do inglês dela dava de mil, mesmo se ainda era meio dificil! Entao vamos viajar juntos:

Quando a Hungria fazia parte do bloco comunista europeu suas avenidas e parques eram decoradas com inúmeras estátuas e monumentos totalitários, em sua maioria pesados e de valor artístico duvidoso, onde o conceito “estado grande e pessoa pequena” estavam implícitos em cada obra. Após a queda do comunismo a cidade decidiu remover estes resquícios de ditadura, mas ao invés de simplesmente destruí-los, como foi feito em outros países, resolveu reuni-los num mesmo local, formando o que pode ser considerado hoje, como uma contra-propaganda comunista.

A cidade é cortada pelo Rio Danúbio: na margem oeste está Buda e na margem leste, Peste. A disposição das ruas de Peste mostra o estilo Habsburgo de construção em anéis, unidas por importantes raios como o Andrássy, o bulevar arborizado.

Na Hösök Tere (Praça dos Heróis), uma colunata de 36 metros de altura fica bem no centro, representando as figuras dos reis húngaros e outros famosos das guerras de independência, além de estátuas representando a guerra, paz, conhecimento e glória. No topo da colunata está situado o anjo Gabriel. Frente a ela situam-se os elegantes prédios da Galeria de Artes e Museu de Belas Artes.



A medida que iamos conhecendo os pontos turisticos, ficavamos mais admirados com tanta beleza. O mais impressionante deles é o Parlamento Hungaro (Orszaghaz). Ele é tao grande que podemos vê-lo de qualquer ponto de Budapeste. Construído em estilo gótico no fim do sec 19, durante os tempos aureos da Hungria como parceira da monarquia austriaca, ele tem diversas torres e pináculos e centenas de salões, ornados com estátuas de húngaros proeminentes. Alias, é em Halászbástya onde podemos tirar lindas fotos do Parlamento e da cidade por conta da vista que temos de la. Construído no final do século 19, sao 7 torres em estilo gótico. Abaixo, o Parlamento Hungaro:

O Castelo de Buda também é lindissimo e fica sobre a colina do castelo. Ele sobressai na margem oeste do Danúbio e abriga entre outras coisas a Galeria Nacional Magyar Nemzeti, onde estão pinturas de artistas húngaros, além de relíquias, moedas, e diversos objetos relacionados à história do país.


A Avenida Andrassy Ut lembra a Champs Élysée. Ela é bem arborizada e tem prédios elegantes e sóbrios, além de ojas e pontos turisticos. Esta avenida tem 2310 metros e liga o centro a Városliget. Em 2002, se tornou patrimônio mundial da Unesco. Outra rua famosa é a Rua Vaci U, principal área de pedestres. Lá tem lojas, restaurantes, produtos típicos.

Passamos em frente a Nagy Zsinagoga, a 2a maior sinagoga do mundo. Depois seguimos para a maravilhosa Szent István Basilica, a Basílica de São Estevão, maior igreja da cidade, construída em 1851. Seu belíssimo interior é ornado com pinturas e esculturas de artistas húngaros, sendo um dos mais belos conjuntos de obra de arte de Budapeste.  O nome é em homenagem a St Stephen – sua mão direita, mumificada, está dentro da igreja.




Somente para constar, a Opera Hungara (Magyar Állami Operaház), construida em 1884 por Miklós Ybl, também é encantadora! E eu nao podia deixar de falar da Széchenyi-Lánchíd, ponte construida em 1839 pelo escocês Adam Clark. Sao 360 metros! 


Espero que tenham gostado, ainda esta semana colocarei as fotos no album :)

Praga, agora de verdade!

Fiquei pensando: que graça tem falar das minhas férias se eu nao vou detalhar o que vi? Falei um pouco sobre a viagem pra Praga, mas assim nao vale, né? Nao poderei falar em que ordem visitamos os pontos turisticos, mas vou contar aqui pelo menos onde fomos e alguns outros pontos onde nao pudemos ir:

A moeda do pais: Koruna (ou coroa tcheca, em português)
1 CZK = 0,04 euros
100 CZK = 3,88 euros

Conhecida como a cidade das cem torres ou cidade de ouro, ela se estende próxima ao rio Vltava  e carrega séculos de história e beleza. A direita do rio Saint Josefov (bairro judeu) estao a Staré Mésto (cidade antiga) e a Nové Mésto (parte nova). A esquerda estao a Malá Strana (construçoes do século 19) e a Prazský Hrad a Hradcany (onde fica o castelo).

Estivemos na Praça da Cidade Antiga (Staromêstské Námêstí), onde tem a prefeitura, cujos prédios amarelos, creme e verde lembram um bolo de casamento. Nas ruas pudemos ver vendedores ambulantes e artistas de rua, além do relógio astronômico, o Orloj. Desde 1490, passantes admiram as portas de madeira abrirem entre 9h e meio dia. Aparecem os apóstolos, que giram em cima das figuras que representam a gula, a vaidade, a morte e o povo turco. Infelizmente nao pudemos esperar pra ver porque o tempo era curto. Reinando sobre a praça estão as torres pretas da Igreja Nossa Senhora de Týn. Construída no final do século 14, a igreja, que encantou Kafka, é intensamente iluminada à noite.

Fomos ainda no Castelo de Praga, que tem muitos componentes: um palácio, uma catedral maravilhosa, dois museus, um monastério, várias galerias e salas de concertos. Nesse trono, o Imperador Rudolph II (1583-1612) reunia os artistas e alquimistas do final da Renascença. A entrada principal é vigiada pelas duas grandes estátuas dos titãs duelando. Passamos por dois pátios antes de chegar aos espirais góticos da Catedral de St Vitus, o cartão postal de Praga, construída sobre o túmulo de St Wenceslas. No lado leste do terceiro pátio está a fachada vermelha e bege da Basílica St George (Bazilika sv Jirí).

A Rua Dourada (Zlatá ulicka) é a mais interessante de Praga. Nela estao casas multicoloridas, até a muralha norte do castelo, como se fosse um vilarejo de gnomos. Os prédios lilliputianos foram construídos por pobres e soldados no século 16. Franz Kafka morou um tempo no nº 22. Em frente à Torre Negra (Cerná vêz) a rua se esvazia e termina nas pitorescas ladeiras do Velho Castelo (Staré zámecké schody), onde há uma enorme escadaria até o bairro de Malá Strana, a porção leste do coração da cidade antiga.

Como Berlim, Praga ainda está lutando para se ajustar com o passado da guerra. A primeira estátua dedicada a Franz Kafka, que nasceu e morreu na cidade (morte natural antes de ser deportado pelos nazistas), fica em frente à sinagoga espanhola em Vezenská.

A agitada Parizská divide a região, sendo uma antiga sinagoga gótica (Staronová synagoga) o único edifício não-comercial, construída em 1270, a mais antiga sinagoga da Europa. Esse templo foi o coração espiritual da comunidade judaica de Praga durante 700 anos.

Na parte nova (Nove Mesto) esta a Praça Wenceslas (Václavské Námêstí), conhecida pelos intensos protestos que derrubaram o governo socialista soviético.

A Ponte Charles (515 metros de comprimento) é a mais antiga de Praga e foi fundada em 1357 por Charles IV e terminada em 1402 por Petr Parlér. Dos dois lados, a ponte tem duas torres. Entre 1683 et 1928 os pilares da ponte foram decoradas por 30 esculturas e grupos de esculturas de santos (M. Braun, F. M. Brokof e outros).

Espero que tenham viajado um pouco comigo :)