Au pair en France

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Bratislava! :)

Nosso dia começou cedo como os outros, a diferença é que fomos pra rodoviaria sozinhos pra pegarmos um ônibus de viagem normal, sem guia. A surpresa começou quando o ônibus chegou. O motorista foi extremamente grosso com os passageiros, frio, de cara fechada. Ele era estrangeiro, claro, porque os austriacos sao educadissimos. Em Praga e em Budapeste também percebemos que as pessoas eram bem frias e nada acolhedoras. Eu ja estava começando a me acostumar com esse jeito nada simpatico de ser.

Chegando la, estavamos meio perdidos porque nao tinhamos mapa da cidade. Foi facil achar o primeiro ponto turistico. O Teatro Nacional Eslovaco ficava bem no centro da linda praça Hviezdoslavovo Námestie, na cidade velha. Atualmente la sao apresentados somente operas e ballets.


O calor também estava conosco. Novamente 40 graus! Demos uma volta na cidade antes de irmos ao encontro da nossa guia, ao meio dia. Estavamos no local combinado e nada... 12h05 ela chegou e descobrimos que ela seria a nossa guia, ja que naquele dia nao havia nenhum outro grupo. Otimo, ficamos felizes da vida! Como em Praga e em Budapeste, era uma senhorinha muito simpatica, super motivada pra nos apresentar a cidade dela, apesar dos traços de historia do comunismo e dos ciganos eslovaquios e romenos que moram la, recebem uma baba do governo e nao querem nada com nada.

O esquema era o seguinte: ela falava inglês, eslovaco e alemao. Como eu nao falo alemao, Bruno nao teve escolha, senao o inglês, sendo que o dele nao é uma Brastemp. A medida que iamos visitando a cidade, eu percebia que Bruno voava nas explicaçoes e respondia Yes pra tudo! kkkkkkk! Ele me fazia sinal dizendo que so entendia uma parte do que ela disse e por isso tava falando YES toda hora! Quase me mijei de rir! 

Ficavamos impressionados com cada cantindo perdido de Bratislava que ela nos levava. Fomos numa lojinha onde vende-se vinho com mel, tipico da regiao. Meio doce, mas é novidade! Mais abaixo vou detalhar o que vimos com a guia. Depois de 2 horas de tour a pé, fomos almoçar num restaurante bem no centro, que ja estava incluso no pacote. Tomamos uma sopa tipica, bem gostosa, chamada goulash! A guia nos explicou que eles tomam sopa todos os dias! Eu nao tava muito animada pra tomar sopa num calor de 40 graus, mas nao quis fazer desfeita. Saindo do restaurante nos deparamos com uma moça distribuindo agua mineral pra todo mundo. Acreditam que a prefeitura é quem contratou-a pra dar agua pra pessoas que ali passavam? Nunca vi isso no Brasil! 

Depois desta surpresa, pegamos um trenzinho que fazia o tour da cidade e nos levava até o Castelo Bratislavsky hrad, que fica no alto de uma colina. Ele é imponente, quadrado e prosaico, e os registros datam do ano 907. Reconstruído após a guerra, das paredes é possível avistar os Cárpatos. Seus porões dão lugar à uma casa noturna e seu prédio principal abriga o Museu da História Nacional da Eslováquia - Slovak National History Museum. A torre do último portão da cidade murada ainda está de pé – ela antes protegia a cidade velha. 


Bratislava é o carro chefe do pequeno e pastoral estado da Eslováquia, um híbrido de húngaros, austríacos, judeus, tchecos, eslovacos e russos. A Eslováquia fez parte do Reino da Hungria, do Império Otomano, da Áustria. Depois da Primeira Guerra Mundial foi anexada a Tchecoslováquia  e, apenas em 1989, com a Revolução de Veludo ficou independente. 

Ela esta próxima das fronteiras austríaca (6 km), húngara (20 km) e tcheca (60 km). Esta proximidade traz  semelhanças e um pouco da tradição e jeito de cada uma delas. Ainda até 1993 os tchecos e eslovacos dividiam o mesmo país.

O Danúbio separa a cidade antiga, ao norte, da parte residencial ao sul. Tudo que aconteceu la nos ultimos séculos parece ter ocorrido em sua praça principal, o centro histórico da cidade. Suas construções em estilo medieval ainda guardam características desta era e suas torres são um testemunho da época. A cidade se distingue pelas torres medievais, os imponentes edifícios do século XX, as universidades, os diversos museus, teatros e outras instituições culturais. 

Junto à Praça Central está um dos melhores exemplos de palácios com arquitetura rococó, o Palácio Mirbach, construído no século 18, e enriquecido por diversos proprietários. Dominando a praça está também o prédio da prefeitura, construído no século 15. E anexo, o Museu Municipal de Bratislava, um dos mais antigos da cidade. Varias estatuas engraçadas e esculturas estao espalhadas por Bratislava, nao sei por que razao. 

A Ponte SNP (Slovak National Uprising) une os dois lados. Ela é conhecida também como Novy Most (Ponte Nova), uma monstruosidade de ficção científica dos anos 1970. Um elevador pode nos levar até no topo, onde tem um restaurante em forma de disco voador, construído sobre seus pilares de sustentaçao.


Nos tempos medievais, Bratislava foi cercada por muralhas e existiam quatro portões fortificados para entrar e sair da cidade. O unico ainda preservado desta fortificaçao é o Sao Michael (Michalská vez), que tem 50 m de altura. No topo esta a estátua de São Michael e o Dragão. Do alto da torre é possivel ter uma bela vista: a Áustria e ocasionalmente a Hungria.


A Catedral de St Martin (Dom sv Martina, Rudnayovo námestie) é o monumento historico mais famoso. O palco gótico das coroaçoes dos soberanos do Reino da Hungria. Foi la que no dia 8 de setembro de 1563 a Coroa de Santo Estevão foi colocado sobre a cabeça de Maximilian II, filho do imperador Ferdinand I de Habsburgo. No período de 1563 a 1830 foram nesta igreja coroados mais de 11 reis e rainhas e de 8 dos seus consortes, incluindo o de Maria Teresa da Áustria. Sua torre dourada  simboliza a Coroa de Santo Estêvão. 


O Palácio Primata (Primacialny palace) abriga uma coleçao de arte modesta, tapeçaria inglesa do século 17 e uma sala de espelhos. Foi la onde Napoleão e o líder da dinastia Habsburgo, Franz I, assinaram um tratado de paz de Pressburg em 1805, após a Batalha de Austerlitz que pôs fim à guerra da terceira coalizão.

A antiga Prefeitura também fica na praça e abriga o Museu da Cidade, que tem um fabuloso e sangrento calabouço., além de uma exposiçao de história expondo instrumentos de tortura, armas antigas e armaduras, pinturas e miniaturas. Uma das raridades é a bala de canhão encravada na parede da torre do ataque da Petržalka, maior bairro residencial situado na margem direita do rio Danúbio.

Terminamos nossa aula de historia às 16h e voltamos, quebrados, pra Viena, depois de tantas emoçoes!

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