Au pair en France

Au pair en France

quinta-feira, 25 de março de 2010

Muuita historia pra contar!

27 de março de 2010

Pronto, depois de alguns dias out of blog estou de volta! E muito mais encantada com a beleza deste mundo. Quanto mais a gente viaja, mais a gente descobre que ha lugares maravilhosos perdidos por ai. Alguns deles até nunca descobertos! Enfim, semana passada eu e Bruno passamos a lua de mel num cruzeiro fantastico. Fomos dar a volta pelo Mar Mediterrâneo, mesmo que rapidamente. Fizemos um turismo japonês, como ele disse, de conhecer muitos lugares em pouco tempo. Como tenho o costume de fazer aqui no blog, vou descrever cada destino pra que possam viajar conosco.

Começamos a viagem dia 15 de março de 2010 em Nice, onde pegamos um ônibus da cia às 11h pra chegar até Savona, na Italia, onde estava o navio. Por volta das 14h chegamos la, ansiosos demais. Eramos 3.700 pessoas ao todo, entre os funcionarios e passageiros. Depois de enfrentarmos fila, passarmos por toda aquela burocracia de passaporte, foto, raio-X, isso e aquilo, finalmente chegamos à parte interna do nosso tao esperado navio, chamado « Costa Pacifica, o navio da musica ». Pra onde olhavamos viamos luzes, luzes e mais luzes. Como se estivéssemos num filme, sabe? Era o térreo (na verdade o andar n. 3), onde ficavam a recepçao e os restaurantes. Divino. Recebemos as chaves do apt, alias, o cartao e ja iamos descendo as escadas pra ir pra la.

Soh pra explicar, quanto mais barato o apto, mais ele é simples, como num hotel. Tinhamos reservado a cabine mais chinfrinha, a mais baratinha de todos e os valores variam demais. Essa cabine corresponde ao primeiro andar, no subsolo, sem janela, nem nada! Caixa de sapato meeesmo! E quando olhamos o n. da cabina no cartao...... nono andar pra nossa surpresa! Recebemos um presente, um super up grade, cabine espaçosa com vista pro mar e varanda! Ô beleza! Mal entramos no quarto e nossas malas ja estavam no quarto. Santa eficiência!

Pausa pra admirar a vista da varanda, pra colocar as 5 toneladas de roupas no armario e pra ler todos os informativos que haviam no quarto com os horarios pra tal e tal coisa. As 17h em ponto ouvimos o POOOOOOOOOOO, era a chaminé do navio (é assim que fala isso?) que fica la no topo, indicando a nossa partida de Savona rumo ao primeiro destino. Nesse meio tempo fomos convocados por meio do autofalante para nos preparamos pra tal aula de salva vidas. Isso significa ouvir o sinal de emergência e correr com o colete salva-vidas pro térreo, onde ficam os botes. Dificil pros funcionarios administrar os milhares de passageiros. Primeiro porque tinha velho, criança, adulto, adolescente, tudo misturado. Depois porque eles eram obrigados a falar em 6 idiomas a mesma coisa. Ufff, imaginem so: inglês, francês, alemao, espanhol, italiano e japonês.

Passado esse periodo chato, mas importante, fomos visitar o navio de cabo a rabo. E, obvio, tirar foto, foto, foto, como a populaçao do olho pequeno, os japas. O nosso jantar era no restaurante «My Way», todos os dias às 18h45, COM TOLERÂNCIA DE 15 MIN DE ATRASO, pois tinhamos nossas mesas reservadas, sempre naquele bat local e naquela bat hora. Alias, todos os restaurantes têm nome de musica, o que corresponde ao tema do navio (o navio da musica, lembram?)

Abertas as portas, surpresa pra essa bela vista. Nossa mesa era a 37 e estavamos dividindo-a com 2 casais de jovens franceses. Esquisitos como sao, deram boa noite e ficaram calados o resto da noite. Nada brasileiros. O garçon chega e meu cardapio era em português e francês - ja que eles sabiam minha nacionalidade - e me diz: boa noite! com um baita sorriso. Achei o maximo isso!

Quando os pratos chegaram, surpresa: uma miséria, bem francês mesmo! A entrada eram 3 folhas de alface com menos de meio tomate. Prato principal: UMA rodela de cenoura, ¼ de batata e uma coxa de galinha com o molho nao sei das quantas. Sobremesa: uma vasilhinha mini de salada de frutas. Creeeedo! Minha barriga continuou a roncar, claro! Sai feliz pelo acolhimento, mas faminta da silva. Nao pensamos 2x e fomos ao restaurante onde tem buffet, o self service povao do navio: pizza à vontade, salada à vontade e frituras! Tudo o que o povo gosta. Ataquei aquilo como se tivesse vendo ouro! E vamos jantar novamente! Hahahaha!

Nesse meio tempo, o navio ja estava no meio do Mediterrâneo, lindo de viver e azul como o céu. Confesso que da um pouco de medo, mas nada pavoroso, porque sentir medo dentro do navio é coisa de pooooooobre! Hahahaha! Bora conhecer o resto do navio e aproveitar todas as atraçoes culturais no teatro e nos vaaaaaaaarios restaurantes, todos com MUSICA!! ao vivo! AdOrO!

Depois da diversao, cama! O cansaço falou mais alto. De manha, depois de aproveitar tudo e comer horrores no café da manha, hora de preparar a mochila pra descer do navio.

PRIMEIRA PARADA (16/03/10): BARCELONA – de 13h30 às 19h30

Pegamos o ônibus pra irmos até o centro da cidade e nossa primeira parada foi a La Pedrera ou Casa Mila, um edifício desenhado pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí e construída entre os anos 1905 e 1907. O curioso é que ele não possui nenhuma linha reta, lembrando uma duna de areia, e saindo do conceito de arquitetura convencional. Como todas as demais obras do fenômeno Gaudi, a Casa Mila faz parte do Patrimônio mundial da Unesco.

Como nao tinhamos muito tempo pra fazer nosso turismo na cidade, optamos por nao entrar nos monumentos pra ter tempo de ver um pouco de tudo. Escolhemos a igreja Sagrada Familia como proximo destino, o grande templo católico da cidade desenhado também por Gaudí. Nao da nem pra descrever tamanha beleza.... Ela é considerada por muitos críticos como a sua obra-prima e expoente da arquitetura modernista catalã. Segundo dados do site Wikipedia, o projeto foi iniciado em 1882 e assumido por Gaudí em 1883, quando tinha 31 anos. Ele dedicou seus últimos 40 anos de vida, os últimos 15 de forma exclusiva. Até hoje a igreja nao foi concluida e a estimativa é de que isso aconteça antes de 2026, centenário da morte de Gaudí.

O templo foi projetado para ter três grandes fachadas: a Fachada da Natividade, quase terminada com Gaudí ainda em vida, a Fachada da Paixão, iniciada em 1952, e a Fachada da Glória, ainda por completar. Segundo o seu proceder habitual, a partir de esboços gerais do edifício Gaudí improvisou a construção à medida que esta avançava. O templo, quando estiver terminado, disporá de 18 torres: 4 em cada uma das três entradas-portais, a jeito de cúpulas; irá ter um sistema de 6 torres, com a torre do zimbório central dedicada a Jesus Cristo, de 170 metros de altura, outras 4 ao redor desta, dedicadas aos evangelistas, e um segundo zimbório dedicado à Virgem. Em 1926, ano em que faleceu Gaudí, apenas estava construída uma torre.

Depois dessa aula de cultura, fomos pro Park Guell, onde Djavan gravou seu DVD. Desde que o vi me perguntei onde era aquele lugar lindo e meu pai Google me respondeu. Claro que eu poderia perder outras coisas também importantes em Barcelona, mas nao o Park, também desenhado por Gaudi. Foi duro de subir um ladeirao pra chegar até la, mas valeu a pena. Além da vista impagavel, é um local muito jovem e descontraido.

O Wikipedia nos diz que o Park é um grande jardim com elementos arquitetônicos situado na parte superior de Barcelona, na vertente que olha ao mar da montanha de El Carmel, não longe do Tibidabo. Foi construído entre 1900 e 1914 e inaugurado como parque público em 1922. O grande show desse lugar é a Gran Plaça Circular, que tem um banco a toda a sua volta, com cerca de 152 metros, coberto de mosaicos coloridos. Logo a seguir a esse enorme balcão assente em colunas, e a uma cota inferior, podemos ver dois pavilhões construídos por Gaudí. Esses pavilhões cobertos de mosaicos, apresentam o estilo inconfundível de Gaudí.

A ultima parada foi a Catedral Gotica de Barcelona, sede do arcebispado da cidade. Ela foi construída durante os séculos XIII ao XV sobre a antiga catedral românica, edificada sobre uma igreja da época visigoda. A fachada de estilo neo-gótico é muito mais moderna (século XIX). A catedral está dedicada à Vera Cruz ou Santa Cruz (cruz que Jesus foi executado) e a Santa Eulália, patrona de Barcelona (atualmente é mais celebrada como a Virgem da Mercedes que, estritamente, é patrona da Arquidiocese de Barcelona), uma jovem donzela que, de acordo com a tradição católica, sofreu o martírio durante a época romana.

A dedicação a Santa Eulália data de 877,quando o bispo Frodoí localizou os restos da santa e os levou solenemente para a catedral. Uma de tais histórias conta que foi exposta nua no fórum da cidade e que, milagrosamente, pois já era primavera, caiu uma nevasca que cobriu sua nudez. As enfurecidas autoridades romanas a meteram em um barril com vidros quebrados, cravos e lançaram o barril costa abaixo (de acordo com a tradição, trata-se da rua Baixada de Santa Eulália, ou Costa de Santa Eulália).

A ultima parte desse tour foi avistar uma estatua do nosso querido Cristovao Colombo no alto de uma coluna de ferro, na praça do Portal de la Pau, ponto de união entre o sul de las Ramblas (uma rua nota 10 onde fomos tb!!) e o Paseo de Colón (ou passeio de Colombo), em frente ao porto de Barcelona. O monumento, concebido por Gaietà Buïgas, e a estátua, de sete metros de altura, é obra do escultor Rafael Atché. Colombo esta com o braço direito estendido e o dedo indicador apontado até o mar. Diziam que apontava para a América, mas ela ta do lado contrario!

Surgiram então três correntes de opinião: a primeira, segundo a qual a estátua deve ser entendida como uma metáfora, afirma que a intenção de seu autor era que Colombo apontasse para a América, mas que o público não entenderia o dedo apontado para o lado contrário do mar, neste caso apontado para a la Rambla, ou seja, terra adentro, e por isso instalou a estátua apontando para o mar. A segunda opinião, muito similar à primeira, afirma que a estátua não aponta para a América, mas o caminho para a América pelo mar, que é a rota que fez Colombo partindo do porto de Palos de la Frontera (Huelva). E a terceira opinião é que a estátua não aponta a rota para a América mas sim para Gênova, cidade natal de Colombo, e que está em linha reta seguindo a direção que marca o dedo.

Gostaram? Uff, cansamos, né? Hora de correr pro navio pra descansar, jantar e curtir um show de musicas de Frank Sinatra, além de ver à meia-noite esculturas no gelo e em frutas. Genial! Faltaram pontos turisticos como o Parc de Montjuïc e dedicar mais tempo na Ramblas, a rua mais conhecida da cidade, com bancas de flores, animais, artistas de rua, ciganas e outras surpresas, mas nao da tempo. Entao... paciência! E ja ta bom demais!!

Amanha volto pra contar o segundo dia!

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