Au pair en France

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Um show... pin up!

Novamente la fomos nos, rumo ao mundo do jazz. Chegamos com 1h de antecedência, ja que a ansiedade falava mais alto. Fomos os primeiros a entrar na sala de espetaculos e o sorriso estava estampado no rosto por um motivo simples: compramos as 2 cadeiras da segunda fileira, com vista pro centro do palco. Bem na cara do gol. Em cena, um piano vermelho bem enfeitadinho tocava um jazz maravilhoso sozinho, sob o comando do computador, claro. A impressao era de que o show ja tinha começado. A decoraçao estava bem retrô, dos anos 20 e 30, tema do seu novo CD. Pouco enfeite e um enorme telao que cobria toda a parte de tras do palco.


Eram 20h11 quando as luzes se apagaram e o telao começou a divulgar imagens de um filminho dos anos 20. Era um rapaz vestido a carater que dançava ao som da musica do filme. Ao mesmo tempo, os musicos começaram a entrar em cena e a acompanhar com seus respectivos instrumentos aquela mesma musica. Uma mistura do real e do virtual. No filminho, o ator dançava Charleston, dança que surgiu na decada de 20 nos EUA, e era um sucesso nos cabarés.

Pouco a pouco o telao alternava o ator com desenhos animados em preto e branco de Tom e Jerry, Betty Boop, entre outros, sendo a maioria deles criados em 1930. Em meio à essa viagem ao tempo, Diana Krall chegou devagarinho linda, loira e chiquérrima, de terninho e de bota brilhante até o joelho. Seu destino foi, claro, o piano. E ai o show realmente começou. Seus dedos magicos se misturaram à leveza daquele jazz retrô-contemporâneo.

Durante todo o show, imagens em preto e branco de filmes, desenhos, fotos, eram projetados para acompanhar cada musica. E ela explicava cada uma delas: de quem era, porque ela estava tocando-a, quando ela conheceu aquela musica e assim por diante. Um papagaio loiro do bico dourado, como diziamos em nossa infância. Tagarelinha. Tudo em inglês, claro. Pela carinha, 99% dos franceses nao entenderam nada do que ela dizia. Mas ela falava mesmo assim....

Diana é o tipo de artista narcisista, que quer 100% da atençao pra ela. Tocou UMA musica conhecida (Deed I do). O objetivo, ao meu ver? Tocar e cantar sozinha para evitar aquele eco desafinado do publico. E também para que pudessemos admirar seu talento, sua beleza e sua voz. Ou seja, que o publico fique literalmente hipnotizado e consacre 2h de show olhando SOMENTE pra ela. Ah, e de bico fechado.

Conheci também uma Diana Krall vaidosa e que quer ser no palco uma top model, além de cantora. A cada 5 minutos ela jogava seus cabelos pro lado, meio jeito Joelma Calypso de ser, e dava aquele olhar 43 pro publico. So faltou fazer como a rainha Ma de Branca de Neve, que pergunta quem é a mais bela. Mas, francamente, ela pode!

Durante as 2h tive que ficar de boca fechada, doida pra que ela brinque seus dedos com Fly me to the moon, The look of love, Besame Mucho ou Cry me a river. Mas ao invés de cantar o repeteco, mergulhei no jazz dos anos 20 e 30 e aprendi a ouvir e a aproveitar um bom espetaculo desta nova maneira. Meus ouvidos agradecem, by the way. Quebrei meus paradigmas. Show!



Um comentário:

Jeh disse...

Ahhhhh outro post sobre shows que vc vai! Adoro esses posts! *-*

bjinhos Lo!