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Justiça rejeita ação, e boneco de vodu de Sarkozy continua à venda - Presidente da França tentou impedir a venda do produto
Compradores são encorajados a espetar alfinetes sobre frases dele

A Justiça da França rejeitou nesta quarta-feira (28) a ação do presidente francês, Nicolas Sarkozy, para que fosse proibida a venda de um boneco vodu com seu rosto, comercializado pela firma Tear Prod, por suposta violação de direitos de imagem.

A representação não-autorizada da imagem de Sarkozy não atenta contra a dignidade humana nem constitui um ataque pessoal contra o presidente francês, mas "se inscreve dentro dos limites autorizados da liberdade de expressão e do direito ao humor", concluiu o juiz do Tribunal de
Requerido por procedimento de urgência na quinta-feira passada após o processo apresentado pelo presidente francês, o tribunal devia decidir se exigia a retirada da venda de um boneco vodu de brinquedo com a cara de Sarkozy, um conjunto de agulhas e um manual para praticar vodu com o chefe de Estado.

O boneco tem impressas no corpo algumas das frases mais famosas de Sarkozy, como "saia daqui, seu patético" -- dita para um manifestante que se recusou a apertar sua mão em um evento no ano passado. Os leitores do manual são encorajados a espetar alfinetes sobre as frases.

O conjunto de utensílios, desenhado pelo editorial KB, é vendido há três semanas por 12,95 euros. Foram colocados à venda 20 mil exemplares.
A empresa comercializa igualmente o mesmo boneco -em vermelho em vez de em azul- com o rosto da ex-candidata presidencial socialista Ségolène Royal.

Na semana passada, o polêmico manual de Sarkozy liderava as vendas da site de comércio eletrônico "amazon.fr", enquanto o de Royal ocupava a quarta posição da classificação.

De acordo com uma crença bastante difundida, os seguidores do vodu espetam alfinetes em bonecos que representam seus inimigos, para amaldiçoá-los à distância. No entanto, especialistas em vodu dizem que o costume não é bem compreendido e, por isso, foi deturpado por quem não pratica a religião.