Au pair en France

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Taí!

Gostei...

Diploma ainda vale para ficar em cela especial
* Alberto Chammas

No Brasil tudo vale, mas cuidado. Existe liberdade de expressão, desde que ela seja para ocupar um espaço de um jornalista ou como queiram, agora tenho que usar o tal "diplomado". Quantas vezes você já viu a Justiça brasileira tentar proibir alguém de se expressar?

Outro dia mesmo, até escrevi nesta coluna, o competente e jornalista NÃO diplomado, não jornalista, que apóia a não obrigatoriedade do diploma, teve um problema semelhante quando um promotor tentou, via justiça, impedi-lo de expressar suas idéias. Afinal qual o problema?
Nenhum!

Aqueles senhores, retiro o Dr. Marco Aurélio deste saco, colocam profissões em pé de igualdade: o jornalista, o cozinheiro, o motorista entre outros. Nós não colocamos em risco nossa comunidade. Não sabe o Senhor Ministro que os jornalistas estão na liderança dos mortos em exercício profissional?

Não estou pedindo para incluímos defesa pessoal ou curso de tiro nas Universidades, mas fazer lembrar que esses mortos, em exercício de suas pautas estavam não colocando perigo aos seus irmãos de nação, mas em liberdade, não a expressão da palavra, mas a busca do direito do saber, da opinião, da verdadeira liberdade.

Não tenho nada contra cozinheiros, aliás, até pratos especiais eu já fiz na TV Gazeta, será que foi por esse motivo que o jornalista foi enquadrado por essa canetada do Ministro? Eu não sou cozinheiro e exerci de forma - não correta - o exercício da profissão, mas tudo bem, se o Ministro alega que não exercemos perigo.

Acredito que quem pecou foi nossa classe. Em minha opinião, os Ministros, agiram de acordo com as forças, maiores forças de opinião pública deste país. Se não somos perigo qual o motivo de sermos chamados do 'quarto poder'? Pode ser sim uma forma de desestabilizar a já fraca categoria profissional. Sem união, sem força. Alguém questiona isso?

Somos capazes de invadir o morro, dar a cara para pegar uma matéria sobre traficantes, vamos ao meio da batalha, enfrentamos a fúria de torcidas, chuva, trânsito, congressos nacionais, zonas de tiro e zonas. Quantas matérias já foram responsáveis pela mudança do cenário desta nação?

Mas, repito a culpa foi minha. Não tive a idéia de convidar esses engravatados para conhecerem nossos alunos. Qual Universidade convidou Ministros para conhecerem suas instituições? Quando é para dar palestras, aparecerem na foto e no site, como autoridade diante de alunos, aí sim, eles aparecem.

Sugiro ao Ministro que acabe também com o diploma de Letras. Afinal, no nosso país quantos professores não são formados? E podemos também, pelo menos eu conheço vários trabalhadores, meu avô, que trabalhava em cartório, era um, que conhecia o mundo do direito plenamente e não era formado. Vamos também extinguir o diploma de Advogado, faremos somente o Exame da OAB. Quem passa, vira doutor! Pena que estudei!

Verdade. Estudei um pouquinho. Não me considero especial em conhecimento, mas estudei. Preciso e estou ainda na busca de mais conhecimento. Ainda estudo. Mas infelizmente perdi a oportunidade de poder mudar essa situação.

Se eu não tivesse o ensino fundamental, poderia ser Presidente da República e assim, como os Ministros, em uma canetada, colocaria o meu DIPLOMA, novamente no lugar que ele nunca deveria deixar de sair: da parede! Pelo menos, já aviso, se o Ministro se sentir ofendido e mandar me prender, eu tenho diploma, vou pelo menos, para a cela especial.

* Jornalista e professor Universitário.

Um comentário:

Jac disse...

Nossa, o negócio tá pegando fogo, né?!
Engraçado e estranho, eu não vi nada disso na internet...